Foi o primeiro que vi na integra confesso! Na passada madrugada de domingo para segunda, confortavelmente no vale dos lençóis assisti à transmissão em sinal aberto (bem jogado TVI!) do espectáculo (no sentido literal da palavra!) da final de temporada da NFL.
Determinado a manter os olhos bem abertos, fruto da curiosidade instalada há já alguns anos, onde recordo o “Halftime Show” sempre entregue às grandes estrelas e o mediatismo das presenças no evento, confesso que pouco havia retido do jogo em si e muito menos os seus intervenientes, sendo que até hoje no que diz respeito a NFL apenas retive o nome Tom Brady e honestamente nem foi pelos seus feitos desportivos, mas pelo facto de ter conquistado a belíssima Gisele Bundchen!
O SUPERBOWL E O RESTO…
Façamos um exercício de memória: imaginem uma abertura dos Jogos Olímpicos ou uma Final da Champions League, esta retido? Meus caros, isso ao pé deste evento são “peaners”!!! Se os americanos são bons em algo é de facto a montar um verdadeiro show nonstop! E digo-o por experiência de já ter vivido um jogo de playoff’s da NBA precisamente em Miami onde a dinâmica de entretenimento não pára ao apito ou time-out! É verdadeiramente electrizante o que se produz em volta dos desportos em terras do Tio Sam.
A TV LÁ vs TV DE CÁ
Se a transmissão em canal aberto foi uma belíssima jogada da TVI com a ElevenSports, com comentadores em modo descontraído e entendidos na matéria o que para um leigo sempre aprendeu e percebeu mais qualquer coisa do “Football” a verdade é que pecou apenas e só pelos anúncios repetitivos, pois o jogo está constantemente a ser interrompido e claro está, é a perfeita oportunidade para revermos 20 vezes o mesmo anúncio! A verdade é que parte da curiosidade apontava mesmo para ver os famosos anúncios da transmissão original, e porquê?
São 40 blocos de publicidade, vendidos à meses e a peso de ouro (6 Milhões de Usd’s por cada 30 segundos!!!) em muitas vezes sejam em jeito de storytelling, humor ou drama, são já perfeitas obras primas repletas de figuras conhecidas dos ecrãs e especialmente produzidas para este evento especial. Na verdade há estatísticas que provam que os mais de 100 milhões de espectadores que em media assistem ao evento pela TV só nos States preferem os anúncios e o HalfTime Show ao jogo em si, e esta hein?
Podem espreitar os melhores anúncios deste ano AQUI !
A CEREJA CHAMADA “HALFTIME SHOW”
Há bilhetes para o SuperBowl a custar perto de 30 mil Usd’s e não é garantidamente por ser a final da temporada, mas em grande parte pelo fantástico espectáculo de 14 minutos entregue todos os anos a artistas de renome no intervalo do jogo. O mediatismo deste evento deve por certo em grande parte a este momento que sem sombra de dúvida prolonga o ruído posterior ao evento, umas vezes pelas performances, outras pelas polémicas, certo é que este ano não defraudou e as duas divas latinas (JLO e Shakira) deram conta do recado e ainda aproveitaram para mandar mais umas mensagens ao querido Presidente Americano que tanto adoram.
Viram o Halftime show? Não? Vejam AQUI!
PONHAM OS OLHOS NISTO!
Em suma, caras autoridades, agentes e organizações deste lado do Atlântico, abram os olhos e vejam bem o potencial que existe neste modelo de evento. Pagar para ver um desporto e se ainda por cima se divertir e proporcionar um momento cultural é sem sombra de dúvida uma mais valia para ambas as partes, porquê? Ora quem monta o evento proporciona uma mais valia e com a procura não só incrementa o preço do acesso ao mesmo, seja presencialmente no local seja na partilha gerando receita extra. Para quem procura acaba não só por alimentar a paixão pelo desporto e a competição como ainda tem direito a divertimento extra servido por certo para potenciar o carácter lúdico e cultural que todos os humanos procuram para fugir às rotinas e problemas do dia a dia.
O jogo em si, ganharam os Chiefs aos favoritos 49’s, mas isso honestamente é o que menos interessa, venha o próximo!