2000 km’s de Triumph Tiger 800

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Para os mais distraídos, recentemente ‘palmilhámos’ 2000 quilómetros de norte a sul de Portugal (post AQUI) e para esse objectivo contámos com nova Triumph Tiger 800 XRx. Recuperados da aventura do Lés-a-Lés, é hora de falar mais um pouco sobre a nossa parceira de viagem.

Polivalência

A primeira questão que nos surge é precisamente “que tipo de mota é esta?”
É acima de tudo uma mota polivalente, com um aspecto aventura, ideal para viagens aventura, com diversidade de terrenos e múltiplas exigências, mas também uma mota que facilmente faz circuito urbano e serve o propósito para o dia-a-dia. Uma opção também para longas viagens, garantindo uma posição de condução confortável e nada perturbável pela deslocação de ar em alta velocidade, pois o seu desenho e aerodinâmica assim o permitem!

Especificações

Com 800cc, 94cv, injecção electrónica, caixa de 6 velocidades, tanque de 19L e 199kg de peso, fazem desta mota um ‘brinquedo’ apetecível! Leve, ágil, fácil de manobrar e acima de tudo, com muita alma e uma velocidade de resposta imediata ao acelerador! Em todos estes quilómetros que percorremos, maior parte foram em estradas secundárias, estreitas e com constantes necessidades de ultrapassagem…e se há mota que dá prazer nesta manobra, é esta! Podemos ir na 6ª velocidade e dar acelerador que ainda assim sentimos o disparo e a potência do motor no comportamento da mota, não sendo sequer necessário recorrer a ‘uma abaixo’ para ir buscar potência e resposta para a manobra…uma diversão fazer ultrapassagens!! 😀

Além destas especificações técnicas, de referir ainda o ecrã TFT de 5” a cores, que permite monitorizar e configurar as várias opções da mota. Desde múltiplas opções de mostrador, uns primando o velocímetro, outros o contra-rotações e outros ainda, a mudança engrenada, são várias as opções para agradar ‘gregos e troianos’ no que ao quadrante diz respeito.

Modos de Condução

Além da caixa de 6 velocidades, este é também o número de modos de condução. Com pré-configurações dos vários componentes da mota, existem 6 modos diferentes pelos quais podemos optar e consequentemente obter comportamentos diferentes por parte da mota. No modo Sport temos uma relação mais curta de caixa e resposta mais imediata ao acelerador; no modo Rain, de condução com chuva, o controlo de tração bem como travagem e aceleração têm comportamentos específicos para estas condições, especialmente em curva; no modo Off-Road, como é de esperar, todos os componentes de ajuda e controlo à condução são desligados e a mota é uma espécie de espirito livre, à mercê da condução do seu piloto! Este modo divide-se em Off-Road e Off-Road Pro, sendo que o Pro desliga todos os sistemas e o outro, apenas alguns deles, mantendo ainda alguns componentes ligados. Além destes modos, contamos ainda com o modo Rider e o modo Road, dois modos mais generalistas por assim dizer e nos quais fizemos grande parte do nosso percurso, pois as condições climatéricas eram favoráveis e o percurso era de rolar a velocidades médias e altas em asfalto.

Modelos

Surpreendentemente, a Triumph Tiger 800 apresenta quatro modelos distintos, cada um com equipamento especifico e com um design e orientação próprias.

O modelo XR é o modelo base e possui uma configuração especifica e orientada a circuito urbano e de estrada, não descurando a possibilidade de circular noutros tipos de terrenos, apresentando uma configuração em altura mais próxima ao solo, face a outros modelos.

O modelo XRx, modelo que tivemos oportunidade de testar, é em muito semelhante à XR mas já equipada com alguns acessórios e equipamentos que permitem não só uma experiência em estrada como remeter para um conceito aventura…tanto faz o dia-a-dia do trabalho como nos permite confortavelmente fazer uma viagem aventura. A relação da caixa sofre algumas diferenças, bem como os pneus que a equipam, sistema de travagem e quadrante TFT a cores.

O modelo XCx é claramente um modelo mais orientado à aventura e ao off-road, tendo este modelo uma maior distância ao solo que os dois modelos anteriores, beneficia de uma curta relação de caixa para usufruir ao máximo num terreno com exigências constantes neste aspecto e vem já equipada com um conjunto de protecções adicionais para salvaguardar a mota dos elementos mais adversos com que nos deparamos em incursões fora de estrada!

O modelo XCa é um modelo completamente equipado para aventura, seja ela em estrada ou fora dela. Totalmente equipada com faróis led, instrumentos TFT a cores, controlos de tracção e ABS reguláveis e os 6 modos de condução já referidos, bem como as características de relação curta de caixa de velocidades fazem deste modelo, a opção todo o terreno, literalmente!

Extras (ou não)

Conforme o modelo, poderá ou não incluir um conjunto de extras possíveis de colocar em qualquer uma das versões. Entre os extras estão o banco e punhos aquecidos, que deram um jeitão a circular em auto-estrada numa manhã de baixas temperaturas, faróis auxiliares, que também equiparam a “nossa” XRx e que ajudaram a concluir alguns troços do nosso percurso, já depois do pôr do sol, malas laterais e top case, mala de depósito e toda uma parafernália de acessórios que a Triumph tem à disposição dos seus clientes, bem como outros pequenos detalhes de customização da mota ao gosto de cada um!

Veredicto (se é que é preciso!)

Para quem ainda não ficou convencido com as imagens, as opções, os modelos e características desta Tiger, resta-nos concluir com a nossa experiência e opinião que, ao fim de 2000 quilómetros, se traduziu numa experiência fantástica e a repetir, com um custo abaixo da média relativamente a consumos, tendo no final desta aventura registado um consumo médio de 5,5L, sendo que diariamente o percurso passava em bastantes zonas urbanas e mesmo assim a média manteve-se nestes valores. Além da componente económica, que pesa sempre nestas escolhas, a diversão de conduzir esta mota dificilmente tem equivalente! Podemos dizer que com outras marcas e modelos temos outras vantagens, outros tipos de condução, etc…facto é que com esta Tiger foi possível conduzir uma mota tirando partido da mesma em cada curva, em cada recta, em cada manobra, em cada tipo de terreno e no final de cada momento, ter um sorriso na cara e uma enorme vontade de repetir esta aventura e aos comandos deste exemplar!
Fica a curiosidade para percebermos a mais valia da versão 1200cc face a esta…pois se esta já faz o que faz…imaginamos a versão ‘com esteroides’!

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