Meet #8 – Herdade do Freixo

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Era irrecusável, passar um final de tarde num monte alentejano, um piquenique, prova de vinhos e a finalizar num jantar de Adiafa. Foi este o convite que a Herdade do Freixo nos fez e que não tivemos forma de declinar.

Afinal o que pode um blog masculino generalista falar sobre um evento deste género, sendo que ia acompanhado de ilustres jornalistas e especialistas do meio, tanto da enologia como do lyfestyle e turismo? – Da experiência em si! Sem aptidões técnicas ou conhecimentos aprofundados sobre o que se produz, optamos  por espelhar o que um vulgar turista (sim fazem enoturismo, mas já la vamos!) faria numa experiência destas.

A EXPERIÊNCIA

Após atravessar (parte) da Herdade paramos literalmente no meio das vinhas onde fomos calorosamente recebidos pela responsável comercial e de marketing Carolina Tomé. Num espaço previamente preparado para degustar algumas iguarias locais em conjunto com a prova da selecção de vinhos da Herdade (que contou com as explicações do enólogo responsável Diogo Lopes) foi possível contemplar o final de dia na planície alentejana com um piquenique único e repleto de enologia.

Como acima referi, estar rodeado de ilustres que dominam e nutrem o conhecimento da enologia e tudo o que a rodeia, era fácil perceber que o meu papel seria de mero apreciador e curioso. Foi fantástico ouvir os envolvidos a comentarem, a descreverem os processos, a história daquele local, do projecto e perceber os factores diferenciadores da Herdade do Freixo em relação a outras ofertas da região. Conjugar os néctares ao dispor com variadas iguarias da região ao mesmo tempo que o sol se põe no horizonte foi sem dúvida uma experiência única. Mas o melhor ainda estava para vir, com o cair da noite deslocamos-nos para a adega, ex-líbris deste projecto para um jantar de Adiafa, que tem no seu significado o jantar de agradecimento após as vindimas. Ao som de um grupo local de trovadores Alentejanos descemos 20 metros para o piso sub-térreo desta maravilha arquitectónica onde nos esperava um jantar fantástico na companhia de mais umas dezenas de ilustres convidados claro está, acompanhado dos vinhos da casa. Na despedida para a capital, ficou a vontade de contar tudo e principalmente muita vontade de voltar com um grupo de amigos e/ou família, pois a experiência é mesmo para repetir.

O ESPAÇO

Com cerca de 300 hectares (35 deles de vinha) junto à serra de Ossa que descobrimos a Herdade do Freixo, e nela uma adega única, já que é completamente subterrânea (única na Europa!) tendo literalmente um monte e vinha por cima onde apenas as entradas laterais, respiradores e clarabóias “denunciam” o que verdadeiramente ali está.

Já apelidada de “Guggenheim do Alentejo”, fruto das parecenças arquitectónicas com a rampa espiral que tem no poço central com 40 metros e que permite aceder aos 4 pisos, esta peculiar adega, da autoria do arquitecto Frederico Valsassina, já conquistou inúmeros prémios e menções internacionais tornando-se este projecto já numa referência.

Além do impacto visual para quem a visita, destaca-se a funcionalidade da mesma, já que permite ganhos funcionais no que lhe diz respeito. A adega funciona em gravidade e necessita de menor controlo artificial da temperatura e humidade. Em suma para além do plano estético, este projecto permite ganhos de eficiência e consumo pela sua particularidade única.

OS VINHOS

Reforçando desde já a falta de conhecimentos técnicos para o efeito, há que referir do ponto de vista de mero e comum consumidor de vinhos que o Freixo, muito para além da sua adega, tem de facto bom vinho! Apostando em factores diferenciadores na elaboração e concepção dos seus vinhos, Carolina Tomé e Diogo Lopes explicaram o porquê do projecto Herdade do Freixo ser muito mais que uma adega com reconhecido mediatismo arquitectónico, já que de facto, o core-business é o vinho e é nele que apostam fortemente.  Foi possível provar quase todo o leque de oferta que a herdade tem disponível, sendo que foi difícil apurar ou classificar qual ou quais gostámos mais ou menos. Para os mais curioso(a)s deixamos aqui o link directo para os seus produtos. Ver AQUI.

ENOTURISMO

É inevitável nos dias de hoje dissociar a produção e comercialização de vinho sem o enoturismo. Por força da procura e do fluxo de turistas que o nosso país recebe, é um mercado em expansão e um negócio na qual não só origina receitas como ajuda na expansão e mediatização dos produtos criados. A Herdade do Freixo não foge á regra e até seria um verdadeiro sacrilégio se a adega e as suas vinhas não pudessem ser visitadas, dadas as suas características, localização e singularidade.  Os interessados podem (e devem mesmo!) visitar este lindíssimo refúgio (ainda não tem alojamento mas lá chegará segundo os mesmos!) na região do Redondo e não só contemplar a magnifica paisagem (com o por do sol é qualquer coisa!), provar os vinhos e iguarias locais, como conhecer o ex-libris do projecto, a adega e todo o processo de transformação do fruto ao néctar que tanto apreciamos. Mais info AQUI.

Agradecimento especial a todo o staff da Herdade do Freixo pela simpatia e apreço pela forma como nos receberam e nos transmitiram o seu apaixonante projecto.

Estamos seriamente a pensar agendar uma visita, alguém se junta a nós?

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